Vitamina D e os seus benefícios para a saúde
A vitamina D evita a depressão, osteoporose, cancro da próstata, cancro da mama e, até mesmo efeitos do diabetes e obesidade. A vitamina D é talvez o nutriente mais subestimado no mundo da nutrição. Isso é provavelmente porque é “gratuita”: o seu corpo a produz quando a luz solar atinge a sua pele. As empresas farmacêuticas não podem lhe vender a luz solar, por isso não há promoção dos seus benefícios à saúde.
A maioria das pessoas não sabe estes fatos verdadeiros sobre a vitamina D:
1. A vitamina D é produzida pela pele em resposta à exposição à radiação ultravioleta da luz solar natural.
2. Os saudáveis raios de luz solar natural que geram a vitamina D na sua pele não atravessam o vidro e, por isto, o seu organismo não produz vitamina D quando você está dentro do carro, escritório ou em sua casa.
4. Seria necessária a ingestão diária de dez copos grandes de leite enriquecido com vitamina D para obter os níveis mínimos necessários de vitamina D.
5. Quanto maior a distância da linha do equador e o lugar onde você vive, maior será a exposição ao sol necessária para gerar vitamina D. Canadá, Reino Unido, a maior parte dos EUA estão longe do equador e maior parte do Brasil está perto do equador.
6. Pessoas com a pigmentação escura da pele podem precisar de 20-30 vezes mais exposição à luz solar do que pessoas de pele clara para gerar a mesma quantidade de vitamina D. Por isto, também, o cancro de próstata é muito frequente entre homens negros — é a simples deficiência generalizada de luz solar.
7. Níveis suficientes de vitamina D são essenciais para a absorção de cálcio nos intestinos. Sem vitamina D suficiente, o seu corpo não pode absorver o cálcio, tornando os suplementos de cálcio inúteis.
8. A deficiência crónica de vitamina D não pode ser revertida do rapidamente. São necessários meses de suplementação de vitamina D e de exposição à luz solar para “reconstruir” os ossos e o sistema nervoso.
9. Mesmo protetores solares fracos (FPS = 8) bloqueiam em 95% a capacidade do seu corpo de gerar vitamina D. É por isto que o uso constante de protetores solares provocam deficiência crítica de vitamina D.
10. A exposição à luz solar não gera a produção excessiva de vitamina D no seu corpo, porque ele se auto-regula e produz apenas a quantidade que necessita.
11. Se a pressão firme do seu osso esterno dói, você pode estar sofrendo de deficiência crónica de vitamina D.
12. A vitamina D é “ativada” pelos rins e fígado, antes de ser usada pelo organismo e, por isto, doenças renais ou hepáticas podem prejudicar muito a ativação da vitamina D circulante.
13. A indústria de protetores solares não quer que você saiba da necessidade de exposição ao sol, porque esta revelação significaria a queda nas vendas de seus produtos.
14. A vitamina D é um poderoso “remédio” que o seu próprio corpo produz inteiramente de graça e sem necessidade de prescrição médica!
15. Algumas substâncias denominadas “antioxidantes” aceleram muito a capacidade do organismo para lidar com luz solar, sem que ela nos provoque danos e permitem que você fique exposto ao sol duas vezes mais tempo e sem danos. Um exemplo de tais antioxidantes é a astaxantina, poderoso “filtro solar interno”. Outras fontes de antioxidantes similares são algumas frutas (açaí, romã, mirtilo, etc.), algumas algas e alguns crustáceos do mar (camarão, “krill”, etc.)
Uma série de estudos realizados por profissionais da saúde em vários países tem demonstrado que a falta da vitamina D é co-responsável por inúmeras doenças, entre elas a Esclerose Múltipla, Osteoporose, etc.
Segundo o Dr. John Cannell, cada um de nós tem pelo menos 85% de chance de ser um deficiente de vitamina D e estamos arcando com todas as consequências dessa epidemia não reconhecida.
Segundo estudos realizados nos EUA, Alemanha, Japão, França e outros países, a Vitamina D3 é o mais poderoso hormônio do corpo humano. A falta da Vitamina D (Calcitriol), pode provocar várias doenças como artrite, aumento da incidência de cancro, aumento da incidência do diabetes tipo 1, depressão, mal de Alzheimer’s, doença de Parkinson, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
Segundo o Dr. Greg Plotnikoff, a Vitamina D representa a intervenção médica de melhor relação custo benefício, pois basta 15 minutos diários de sol para o organismo iniciar o processo metabólico de produção do hormônio conhecido como Vitamina D.
“Experimentos vêm mostrando que a Vitamina D age em vários partes e sistemas do corpo humano, nos tecidos e especialmente no sistema imunológico”, afirma a endocrinologista Marise Castro.
No caso da esclerose múltipla, pesquisas mostram que a prevalência da doença é mais alta em países distantes da linha do Equador, com incidência solar mais baixa, onde a população produz menos vitamina D.
Segundo o Dr. Cícero Galli Coimbra, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a suplementação com o hormônio vem sendo testada desde 1980 para reduzir os surtos de esclerose, períodos em que a doença pode deixar sequelas. Para ele, já há evidências suficientes de que as pessoas com a esclerose tem deficiência da vitamina D. Este tratamento, no entanto, não é reconhecido pela maioria dos especialistas, mesmo sendo usado há mais de trinta anos e com vários casos de sucesso comprovados, estes profissionais o consideram experimental.
Ainda segundo o Dr. Cícero Galli, desde 2003 ele corrige o problema metabólico dos seus pacientes com a suplementação da vitamina D, mas ainda é motivo de debates a dosagem ideal. Segundo ele, a quantidade usual é de 400 a 2.000 UI (Unidade Internacional), mas, essas doses não são realistas. As pessoas com esclerose têm uma resistência à vitamina e precisam de doses mais altas. A maioria dos pacientes tratados, diz o médico, usa de 30 mil a 70 mil UI de vitamina D ao dia, mas alguns chegam a tomar 200 mil UI.
A necessidade do ser humano varia em função da idade, de 5ng (nanogramas) a 15ng por dia. Segundo a OMS, a ingestão oral da vitamina D pode ser feita na proporção de 600 UI a 800 UI/ dia.
A falta de vitamina D cria condições para a gordura ser depositada nas veias e artérias.
O colesterol circula normalmente no organismo na sua forma reduzida, no entanto, a formação de placas nas artérias só acontece quando ele passa da forma reduzida para a forma oxidada. Isso acontece por deficiência de vitamina D no organismo.
Na sua forma oxidada causa lesões que vão provocar uma inflamação crónica e permitir o depósito de placas no endotélio, criando condições para o colesterol ser depositado nas veias e artérias.
O sol não é o vilão que se diz, pois ele é o maior doador de vida para o planeta. Ao passar um bloqueador solar FPS 15, você bloqueia 99% dos raios solares que produzem a vitamina D.
Existem centenas de trabalhos científicos sobre Vitamina D e também sobre Protetores, que afirmam ser a Vitamina D um elemento essencial ao ser humano e que sua falta acarreta uma série de problemas neurológicos; como existem trabalhos afirmando que os protetores não protegem o ser humano contra danos, pois impedem, exatamente os raios UVB, que promovem a criação da Vitamina D, mas permitem a passagem dos raios UVA, que causam lesões na pele.
É muito comum ouvirmos falar que o sol provoca cancro, principalmente o melanoma, uma forma mais agressiva de cancro. No entanto, o Melanoma é um tipo de cancro que atinge as células localizadas na epiderme e é considerado maligno. O que os médicos alopatas não falam é que o melanoma sempre aparece em locais do corpo que não recebe sol diretamente, e em pessoas que passam a maior parte do tempo em locais fechados e iluminados por luz artificial.
Será que a iluminação artificial, as fluorescentes, causa cancro? Ou é por falta de Vitamina D?
A luz solar durante 15 minutos por dia, entre 7 e 11 horas da manhã é benéfica para a saúde e proporciona a quantidade de vitamina D que o nosso organismo precisa. A diminuição de vitamina D no organismo está associada a osteoporose, ovários policísticos, cancro de mama, pele, intestinos, próstata e a uma série de doenças auto imunes.
Para conferir se o seu organismo está precisando ou não de vitamina D, solicite ao seu médico um pedido de dosagem de 25-hidróxi-vitamina D no sangue.
O volume ideal de vitamina D3 no organismo pode variar de 50 a 100 ng/ml – (nanogramas por mililitro de sangue).
Valores de referência para a Vitamina D:
Desejável: 50 – 100 ng/ml (limite mínimo e máximo)
Limítrofe: 30 – 50 ng/ml (estado de atenção)
Deficiência leve: 15 – 30 ng/ml (atenção)
Deficiência grave: < 20 ng/ml (Perigo)
A vitamina D não age sozinha na proteção do ser humano. No caso do sistema ósseo, a vitamina D necessita do magnésio e do fósforo para fixar o cálcio e outros nutrientes nos ossos. Seguem abaixo as recomendações diárias de cálcio, magnésio e as suas fontes.
Recomendações Diárias de Cálcio e suas Fontes:
Homens:
9 a 18 anos 400 mg/dia
19 a 50 anos 550 mg/dia
> 50 anos 550 mg/dia
Mulheres:
9 a 18 anos 400 mg/dia
19 a 50 anos 500 mg/dia
> 50 anos 550 mg/dia
Fonte: Dietary Reference Intakes Table, Food and Nutrition Board, National Academy of Sciences, 2006. (Novas recomendações atualizadas em 2012)
Alimentos - Quantidade - Conteúdo de cálcio (mg)
Ovo de galinha cozido -1 unidade -54
Sardinha em conserva - 100 gramas - 390
Sumo de açaí - 100 gramas - 118
Amêndoa - 100 gramas - 497
Aveia (flocos crus) - 100 gramas - 405
Couve-manteiga - 100 gramas - 330
Feijão - 100 gramas - 252
Banana maçã - 100 gramas - 30
Castanha do pará - 100 gramas - 656
Rúcula crua - 100 gramas - 160
Espinafre cozido - 100 gramas - 136
Agrião cru - 100 gramas - 120
Linhaça - 100 gramas - 255
Recomendações Diárias de Magnésio e suas Fontes:
De acordo com o Institute of Medicine (IOM) a ingestão recomendada de magnésio é de 450mg por dia para homens e 400mg para mulheres. Esta dosagem é facilmente alcançada com os alimentos abaixo, desde que produzidos em solo adequado.
Frutas e hortaliças: abacate, banana, folha de beterraba, beterraba, grão-de-bico, figo seco, feijão ervilha, mandioca (raiz), lentilhas, quiabo, batata com casca, fécula de batata, figo (seco), uva passa, algas marinhas, soja, espinafres, couve.
Grãos e derivados: (mais de 80% do magnésio é perdido com a remoção do gérmen e das camadas externas dos grãos). Cevada, granola, aveia (grãos inteiros), farelo aveia, arroz integral, farelo de milho, farelo de arroz, farinha de centeio, farelo de trigo, gérmen de trigo, farinha de trigo integral, massas preparadas com trigo integral, cereais instantâneos ricos em fibras.
Nozes e sementes: nozes e sementes secas fornecem mais magnésio do que as torradas. Sementes de abóbora, girassol, gergelim, amêndoas, castanhas, amendoim, pistaches, soja.
Outros alimentos: melaço, manteiga de amendoim, produtos de soja (molho, farinha, tofu) camarão, ostra, e fermento.
A Osteoporose é uma doença caracterizada pela quantidade de massa óssea, que diminui e desenvolve ossos ocos, finos e mais sujeitos a fraturas. Segundo muitos estudos, faz parte do processo de envelhecimento, sendo mais comum em mulheres.
Esta doença não costuma apresentar sintomas antes que aconteça algo de grave, como uma fratura espontânea.
Pessoas com osteoporose podem fraturar as vértebras da coluna com frequência, além dos punhos, que não têm estrutura para sustentar o corpo quando cai. As fraturas do quadril e do fémur também são comuns entre os que desenvolvem a doença.
Uma doença pouco conhecida do público é a Osteomalacia, que por vezes é confundida com a osteoporose. A osteomalacia é o enfraquecimento e desmineralização dos ossos nos adultos devido a uma deficiência de Vitamina D (na criança e no adolescente causa o raquitismo).
A manutenção da qualidade do osso requer uma dose certa de cálcio e fósforo através da alimentação, mas o organismo não consegue absorver estes minerais sem que haja uma quantidade suficiente de vitamina D. O organismo obtém esta vitamina de certos alimentos e da ação da luz solar sobre a pele.
As causas da osteoporose e osteomalacia ainda não são bem definidas pela ciência, que busca mais informações em uma série de estudos realizados por profissionais em várias partes do mundo. No entanto, dizer que a osteoporose faz parte do processo de envelhecimento, é, no mínimo, um contra senso.
Segundo os reumatologistas e ortopedistas, a falta de estrógeno após a menopausa, faz com que os ossos incorporem menos cálcio na sua formação.
Como a maioria das mulheres após os 60 anos, normalmente, adquirem a incumbência de cuidar dos netos e descuidar delas mesmas, acabam presas dentro de casa sem oportunidade de fazer caminhadas e tomar sol. Nesta idade é comum o uso de vários tipos de remédio, sendo algum deles com a orientação de ser tomado com leite para proteger o estômago e repor o cálcio nos ossos. Nada mais falso!
Portanto, para quem sofre de osteoporose e osteomalacia, nada melhor do que pegar os netos pelas mãos e fazer uma deliciosa caminhada, sem protetor solar, pela manhã entre 7 e 11 horas, durante 30 minutos por dia.
Não esquecer que o leite é muito bom, para os bezerros. Para o ser humano o leite é um veneno.
A noção de que o cálcio é exclusividade do leite de vaca é fruto de muita propaganda das indústrias de laticínios. A indústria procura passar esta noção ao consumidor, como se fosse uma coisa essencial, sendo que essencial é tudo aquilo que não pode ser substituído. Por isso, a fonte de cálcio pode ser mudada para os vegetais verde-escuros (brócolos, couve, quiabo, etc.), que são excelentes fontes de cálcio além de nutrientes importantes para seu metabolismo como o potássio, magnésio, fósforo e a vitamina K.
“A desinformação é cria da contra-cultura, pois, ao invés de informar, impõe uma nova maneira de pensar e agir, criando uma imagem contrária da correta informação”.
Mais informação:
Embora os benefícios da vitamina D na prevenção de problemas ósseos estejam bem estabelecidos, a acumulação de evidência sugere que esses benefícios se possam estender para lá da saúde óssea e incluir várias doenças crónicas, incluindo o cancro.
A vitamina D exerce os seus efeitos antiproliferativos nas células de cancro ao regular várias vias de sinalização envolvidas no ciclo celular, apoptose, angiogénese e inflamação. Além disso, grande parte dos tecidos e das células do organismo têm recetores para a forma ativa da viamina D, o que sugere que os seus efeitos sejam muito abrangentes.
Vários estudos têm mostrado existir uma correlação inversa entre a exposição solar e o risco de vários tipos de cancro. No entanto, os estudos que mostram uma relação entre os níveis de vitamina D em circulação e o risco de cancro ainda são inconsistentes.
Um novo estudo acompanhou 33736 participantes japoneses ao longo de 16 anos. Alguns resultados:
- Níveis superiores de 25(OH)D no sangue estiveram associados a uma diminuição de 22% no risco de cancro;
- Níveis superiores de 25(OH)D no sangue estiveram associados a uma diminuição de 55% no risco de cancro do fígado.
Estes resultados foram ajustados para outros fatores de risco confundidores, tais como a idade, o peso, o exercício físico, o tabagismo, o consumo de álcool e a dieta.
O estudo concluiu que níveis superiores de vitamina D no sangue poderão estar associados a um risco inferior de cancro e que por isso a vitamina D poderá ser protetora para o risco de vários tipos de cancro.
Não existe ainda um consenso final sobre as doses recomendadas para a vitamina D. Isso deve-se ao facto de algumas dessas recomendações ainda só levarem em consideração a dose mínima de forma a evitar problemas ósseos como o raquitismo. No entanto, de forma a obtermos todos os benefícios da vitamina D, provavelmente precisamos de doses superiores.
A recomendação mais conservadora, do Instituto de Medicina dos EUA, recomenda para adultos uma dose diária de 600 UI (com um limite superior de 4000 UI). Por outro lado, a Sociedade de Endocrinologia recomenda de 1500 a 2000 UI (com um limite superior de 10000 UI).
Aqui na Europa, um painel de Especialistas recomenda entre 800 a 2000 UI diariamente, com um limite superior de 4000 UI por dia. No caso de deficiência (abaixo de 50 nmol/l) esse painel recomenda de 7000 a 10000 UI por dia até aumentar os valores.
O investigador Michael Holick recomenda tomar diariamente entre 1500 a 2000 UI, com um limite superior de 10000 UI. O livro de sua autoria é bastante útil:
https://www.wook.pt/livro/vitamina-d-michael-holick/17258635
Fontes:
http://www.bmj.com/content/360/bmj.k671
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24002961
Zirita
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